Conclusão

Os distúrbios alimentares são patologias, assim como os outros distúrbios, que requerem do paciente e das pessoas que convivem com ele comportamentos e atitudes de compreensão, entendimento, colaboração, paciência, disponibilidade, busca constante de orientação e momentos de reflexão. Nesse momento o principal e mais importante é o papel da família, que ajuda o paciente a chegar a uma compreensão melhor de como ele está e como chegou até aqui.

A doença deflagra uma situação de crise, que atinge não só o indivíduo afetado, como as pessoas mais próximas que o cercam. O ambiente familiar se vê frente a uma situação vital nova e potencialmente transformadora. Doente e familiares sentem a necessidade de se adaptarem à nova realidade que se instaura, e mobilizam seus recursos defensivos para enfrentá-la.

As necessidades afetivas são intensificadas e é comum a regressão emocional, acompanhada de manifestações de sentimentos, tais como impotência, medo, raiva, culpa e agressividade.

Sendo assim, será essencial que seja realizado um tratamento multidisciplinar que combine áreas da psiquiatria, psicoterapia, endocrinologia e nutrição.